Olá a todos!
Ontem foi um dia no qual a gratidão foi o sentimento mais sentido por mim.
Dialogar sobre a minha experiência pessoal de ser mãe de dois prematuros – Maitê Maria, nascida de 23 semanas e Lucca, nascido de 32 semanas- e compartilhar os meus sentimentos, marcas e conhecimentos sobre as particularidades da prematuridade, a curto e a longo prazo, com outras mães que também vivenciaram a dura realidade de uma UTI Neonatal durante meses, somente me afirma o quanto sermos acolhidos e oferecermos acolhimento com respeito, atenção e afeto pode potencializar o enfrentamento da dor e das dificuldades ao longo da trajetória de sermos mães.
Conhecer tantas histórias como de mães que já estão com os seus filhos prematuros já com 10 anos, mães que acabaram de ter a alta de uma UTI Neonatal, mães que estão acompanhando atentamente o desenvolvimento dos seus prematuros que ainda estão na primeira infância, mães que enfrentam particularidades causadas pela prematuridade, tais como a paralisia cerebral, a Julyana Mendes- a famosa mãe de sete que teve a experiência de ter 5 prematuros-, a Amanda- a blogueira da mamãeequeviaja que também teve seu filho com 32 semanas-, a blogueira mamae_do_nenem, com a sua história de prematuridade extrema, algumas pessoas da ONG Prematuridade.com, a apresentadora Rafa Brites – que mesmo não sendo mãe de prematuro, também se tornou uma mãe de UTI Neonatal, entre tantas outras histórias de enfrentamento… nos demonstra que uma das melhores redes de suporte que podemos oferecer para as mães que carregam a marca da prematuridade, dos períodos de hospitalização e de desfechos muito difíceis, como a perda neonatal é a troca de experiências.
Dialogar abertamente sobre a maternidade sem julgamento, a depressão pós parto, os traumas que as mães de prematuros carregam, as dificuldades no casamento que surgem após o enfrentamento de situações difíceis e não esperadas, o luto materno diante da perda de seus bebês e a saúde psíquica parental é uma ação que deveria ser considerada de saúde pública para garantirmos uma melhor qualidade da saúde emocional de pais e famílias de crianças prematuras e/ou com deficiência.
Um simples abraço em pais que estão com o coração angustiado pode gerar muita força. Pediatras e equipes médicas mais humanas podem gerar muita resiliência nos pais. Histórias de superação de nossos guerreiros prematuros podem gerar muita esperança. E o conhecimento de algumas particularidades da prematuridade, a curto e a longo prazo, pode retirar muita culpa dos corações dos pais de prematuros.
Para quem quiser saber mais dos assuntos dialogados no EncontrosCrescerPrematuridade segue o link com o encontro integral: https://revistacrescer.globo.com/Encontros-Crescer-Prematuridade/noticia/2019/04/encontroscrescerprematuridade-assista-ao-vivo.html
Gratidão, Teresa Ruas e equipe prematuros.com.br