Crianças pequenas e a relação entre obediência e desobediência

Olá aos seguidores e uma ótima semana para todos. Com o desenvolvimento de nossos pequenos não apenas a independência e a autonomia são crescentes no seu dia a dia, mas também a necessidade dos limites, não é mesmo? E, justamente, pensando sobre isso, posto aqui um texto. Espero que gostem! 

Crianças pequenas e a relação entre obediência e desobediência  Nenhuma criança nasce compreendendo que precisa seguir determinada orientação e/ou regras específicas no contexto familiar, escolar e/ou social. E isso não quer dizer ‘falta de educação’! Afinal de contas, a relação entre obediência e desobediência sempre existirá em todo e qualquer desenvolvimento sadio. Até porque é extremamente saudável questionar os limites impostos, especialmente os provenientes das pessoas que as crianças amam tanto, como os pais. Porém, é justamente por meio da relação sócio- afetiva e do convívio diário, primeiramente, com o clã familiar que, desde pequenina, a criança vai aprendendo e assimilando que apesar dos seus desejos, existem também os limites e as regras para o convívio social. E, compreendendo, aos poucos, que nada melhor é vivenciar o aprendizado dos limites a partir da relação com as pessoas que verdadeiramente as amam. 
Os limites são essenciais para a garantia de um adequado desenvolvimento, pois são sinalizadores importantes para a criança compreender “o que pode” e “o que não pode fazer”. E estes devem começar desde cedo na educação dos nossos filhos. A criança já no primeiro ano de vida entende o significado do “não” e sabe perceber a autoridade dos pais diante de seus atos e da rotina diária.
O fato é que muitos pais se sentem frustrados/tristes/inseguros diante da necessidade em impor limites e regras diárias aos filhos. Esta é uma situação bem atual, principalmente, diante da ausência física dos pais ao longo do dia. É muito comum os pais permitirem tudo aos filhos, como uma forma de recompensá-los.
E o perigo está justamente em não impor limites e regras aos nossos filhos. A desobediência só tende a aumentar e outros problemas podem surgir no futuro, principalmente, no contexto escolar diante da convivência com outras crianças. Dizer “não”, “não permitir que todo o desejo de nossos filhos seja cumprido” e/ou “deixar sentir uma frustração” são situações que podem até “doer” em nós que somos pais, mas são a partir dessas experiências, que a criança aprenderá que os seus atos tem consequência e, que existem coisas certas /permitidas e coisas erradas/ não  permitidas. E isso não significa que não  podemos dar acolhimento afetivo, colo e/ou significarmos as sensações de nossos filhos diante de uma frustração e/ou limite imposto. Mesmo que tenhamos dado uma bronca, a tristeza de nossos filhos pode e deve ser acolhida por nós. 
Porém, para que a criança compreenda a mensagem que nós, pais, queremos emitir a ela é essencial que sejamos claros, breves e objetivos. Frases longas, com “lição de moral” e/ou “chantagens” não funcionam jamais. Aliás, as chantagens devem ser eliminadas  da educação dos filhos. Além de aumentar a desobediência, as crianças crescem inseguras, sem autoconfiança e sem autoestima. 
O melhor caminho no momento de impormos algum limite e/ou trato é tentarmos usar frases curtas, objetivas e positivas, olhando nos olhos dos nossos filhos e, demonstrando pela face e pelo tom de voz, que não estamos felizes com aquele  comportamento. É lógico que nem sempre conseguimos fazer isso, não é mesmo? Às vezes, ficamos tão furiosos que a ‘bronca’ sai é com um grito mesmo. Mas sempre que possível, o melhor é olharmos para os nossos filhos e demonstramos a nossa chateação. 
Pensar antes de fazer qualquer negociação e/ou trato é fundamental, pois uma vez feitos, o mais indicado é que sejam cumpridos. Pois é diante dos cumprimentos de nossa palavra é que os nossos pequenos aprenderão que somos verdadeiros e confiáveis diante do que pensamos e fazemos. E este aprendizado faz toda a diferença para termos filhos que respeitam os limites impostos por nós. 
Elogiar os nossos filhos sempre que se comportarem bem e/ou expressarem um adequado aprendizado de um limite e/ou regra da casa/escola é essencial no dia a dia familiar. Os elogios, sinceros e sem exageros, são recursos importantes para a educação dos filhos. 
Sou totalmente contra “palmadas” e/ou agressões físicas diante das desobediências. Agressão física não combina com aprendizagem afetiva e significativa. E, sim, com traumas e prejuízos para o desenvolvimento emocional das crianças, afetando e muito a qualidade da relação afetiva entre pais e filhos. Aprendizagem significativa combina com amor, carinho, respeito e muito diálogo entre pais e filhos. 
Além disso, pai e mãe devem ter a mesma conduta parental no momento de impor os limites, jamais um negando/desautorizando o outro. Por último, sendo o aspecto mais importante ao meu ver, nós pais devemos dar exemplos de atitudes, comportamentos, condutas e da rotina que gostaríamos que os nossos filhos seguissem. Afinal de contas as palavras só ganham o verdadeiro sentido diante de ações concretas e fundamentadas no afeto entre pais e filhos. 
Um grande beijo Maitê Maria e Tetê. 
Até o próximo post!

Compartilhar:

Deixe um comentário