A escola do passado, ou ainda do presente?

Olá queridos seguidores, espero que todos tenham uma ótima semana.

E para ‘apimentar’ um pouco mais as nossas reflexões, observações e percepções sobre a ‘vida escolar’ de nossos filhos, posto aqui um texto- Carta à minha filha: não deixe que a escola te ensine, autoria de Renato Carvalho-.carta à minha filha: não deixe que a escola te ensine Sinto que esse texto conversa e complementa o post ‘Sociedade Doente: Crianças Doentes’, porque ainda temos muitos e muitos cenários educacionais que ‘adoecem’ as nossas crianças por não permitirem o ‘acesso intelectual’ ao verdadeiro conhecimento e às legitimas ‘ferramentas’ para a sua construção.  Se as crianças produzem vida e saúde, justamente, diante das intermináveis buscas, erros, tentativas, explorações, dúvidas e questionamentos diante do que vivenciam, experimentam, analisam ao seu redor, ‘podar’ esse mecanismo nobre de construção do saber pode ser, sim, uma das principais causas de adoecimento para muitas crianças e adolescentes. A criança é um ser ativo, e deve ser ativo em todo o processo de construção do conhecimento. E, portanto, quando negamos essa capacidade ‘ativa’ às crianças e as transformamos em seres passivos, normatizadas e comparadas a uma média, estamos negando a elas o principal caminho para a construção do fio condutor intelectual, cognitivo, afetivo capaz de transformar cada criança em um ser único e, jamais, um ser comparável à ninguém.    Permitir a entrada de crianças em espaços que ainda ‘pregam’ como metodologia central a compartimentalização do conhecimento, o saber centrado na figura do professor, as notas como expressão máxima da aprendizagem e a ‘decoreba’ como um dos recursos pedagógicos pode ser, sim, um verdadeiro ‘assassinato’ da natureza pensante de uma criança.

Esse assassinato pode até permitir que essas crianças, futuramente, passem no vestibular e sejam profissionais competentes mas, com certeza, terão muita dificuldade em perceber, por exemplo, a relação que existe entre o todo e suas partes, e a igualdade, em termos de importância, que existe entre as aulas de matemática, artes e filosofia.

Crianças que são permitidas a serem eternas ‘pensadoras’ e a buscarem os seus próprios meios para a construção do conhecimento, além de passarem no vestibular conseguirão compreender muito melhor que os erros, as tentativas e as infinitas relações diante do que sabemos e do que queremos saber são um dos caminhos que garantirão não somente a excelência profissional, mas uma maturidade cognitiva e emocional com uma outra qualidade.

Portanto, convido os pais a ficarem de olho nos cenários educacionais que dizem ser do presente, mas que ainda continuam sendo, sim, do passado. E, principalmente, nos que não priorizam a base essencial para a construção de qualquer e todo conhecimento na infância: O BRINCAR!

Um grande abraço, Tetê e Maitê Maria

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