Olá a todos os seguidores!
Primeiramente, gostaria de agradecer a todos que seguem esse blog e, que de alguma forma se sentem acolhidos e/ou representados. Posso afirmar que são vocês que me estimulam a escrever!
Como muitos já sabem, a minha história com Maitê Maria me proporcionou vivências de conquistas e também de muita dor. E, com certeza, uma das maiores dores foi justamente acompanhar os desfechos negativos da prematuridade extrema, como a morte de bebês.
Acompanhei com algumas mães de UTI Neonatal, a perda de seus filhos, suas dores e seus lutos. E, atualmente, o meu trabalho também tem sido gerar acolhimento diante das perdas gestacionais, da depressão pós parto, da internação de gestantes de alto risco e da prematuridade extrema e os seus desfechos.
Mesmo sendo uma profissional que sempre trabalhou com a prematuridade, nunca imaginei que seria capaz de trilhar essa trajetória pessoal e profissional. Uma trajetória que tenta acolher a dor existencial diante da perda, do luto e do trauma em não gerar e não maternar.
E tenho pensado o quanto são escassos os espaços de acolhimento para esse tipo de sofrimento e, que já se inicia quando a mãe é caracterizada como gestante de alto risco. Quanta dor e sem nenhum espaço adequado para o acolhimento.
Equipes inteiras de saúde e que ainda possuem uma dificuldade imensa em gerar um cuidado com amorosidade e respeito. Equipes, que assim como eu no passado, orgulham-se dos seus títulos de mestrado e de doutorado e, pouco colocam em prática o valor e a potência da espiritualidade, do afeto e da gratidão.
Profissionais que ainda legitimam o poder da técnica e da ciência e, pouco se sensibilizam com a potência de uma lágrima, de um choro desesperado, de um estado de choque e/ou de um estado de dor absoluta.
Promover saúde é mais do que ‘curar’ os sintomas. É antes de tudo significar a dor e a tristeza que geram os sintomas. É antes de tudo tentar acolher almas e corações sedentos de mais carinho, de mais atenção e de mais respeito.
Portanto, venho aqui hoje reafirmar o meu respeito diante das perdas gestacionais, diante dos traumas das gestantes de alto risco e diante de todos os desfechos difíceis da prematuridade extrema. E para tanto, convido todas as mulheres, com as suas diferentes histórias de vida, a assinarem o ABAIXO- ASSINADO que exige maior e melhor cuidado diante das perdas gestacionais.
Além disso, inauguro hoje um link de um grupo que há 2 meses está fazendo toda a diferença quanto ao cuidado de perdas e dores existenciais.
Segue abaixo o link do ABAIXO ASSINADO e do grupo de apoio a perdas gestacionais, com o objetivo de mostrar o quanto é possível transformar a dor em acolhimento e potência.
Todos por essa causa nobre. Conto com todos vocês!
Um grande beijo, Tetê e Maitê Maria