O que de fato significa ‘amor genuíno” na primeira fase do desenvolvimento de uma criança?

Olá a todos os seguidores.

Hoje resolvi postar um texto sobre aleitamento materno, especialmente, para as mamães gestantes e puérperas.

O post saiu na página Temos que falar sobre isso – https://temosquefalarsobreisso.wordpress.com/2015/06/11/quem-da-leite-em-po-faz-o-que/ – e dialoga sobre o equivocado conceito de que mãe que, realmente, ama o seu filho, amamenta. Como se a única forma de amar, genuinamente, um filho fosse se integrar de corpo e alma ao mundo da amamentação.

E diante de todo esse discurso que, a principio, é bem belo e tocante, em que situação afetiva colocamos as mães que não conseguem promover o aleitamento materno? Aquelas mães que precisam do leite em pó para garantir a saúde de seus filhos e, também, o seu bem estar psico- afetivo? Mães que gostariam, sonharam, desejaram e tentaram o aleitamento materno e não conseguiram? Vamos dizer e afirmar que essas mulheres não amam genuinamente os seus filhos?

Diante de discursos tão excludentes quanto ao aleitamento materno, afirmo que muitas mães que necessitam do leite em pó, ocupam, sim, os seus lugares na imensidão da culpa materna. Culpa essa que, frequentemente, corrói a essência feminina e aumenta e, muito, a vulnerabilidade e o risco de mães puérperas experimentarem as primeiras relações afetivas com o seu bebê, com muita angústia, ansiedade, medo e tristeza. Porque ao meu ver, todo o universo de relações de afeto verdadeiro entre um bebê e uma mãe pode e deve ser caracterizado com diversos sentimentos e ações de amor genuíno.  Um simples olhar, um toque, um aconchego, um beijo, um abraço, passar noites em claro, passar por profundas transformações corporais, afetivas, psicológicas, sociais… isso, sim, são provas concretas de amor e que também deveriam ser dialogadas pela mídia.

E se todos sabemos do quão sensíveis e vulneráveis uma mulher se sente e se coloca no mundo, após a chegada de um filho, deveríamos ter a obrigação de acolher com mais respeito as diversas condições/situações/contextos/especificidades que caracterizam a maternidade. Não com discursos e julgamentos morais excludentes e, sim, com ações, atitudes e palavras mais humanas, mais igualitárias e mais amorosas. Palavras e ações que expressem a compreensão de que a maternidade pode ser diferente para muitas e muitas mulheres. Diferença essa que não deveria ser interpretada e julgada como um ato de não amor a um filho.

 Finalizo, com a imensa sensação de que ainda temos muito o que ‘ressignificar ‘no mundo das relações maternas, com o objetivo de empoderar mães e mulheres que ainda sofrem com os julgamentos morais de uma sociedade tão excludente.

Até o próximo post, um beijo, Tetê e Maitê Maria

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